Após algum tempo de planejamento e de tentativas frustradas, no mês de janeiro de 2017, entre os dias 15 a 22, minha família e eu, realizamos um dos trechos da Estrada Real. Trilhamos, no Jimny, o Caminho Velho que liga Ouro Preto/MG à Paraty/RJ.
Como o blog está há muito tempo sem postagens e por ter uma blogueira a ser desafiada (leia-se, Robertinha), tentarei através deste canal, relatar um pouco da minha aventura pelo caminho em que os portugueses levavam o ouro usurpado de Minas Gerais!
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Início da nossa expedição |
Saímos de João Monlevade às 9 da manhã do dia 15/01 (domingo), sentido Ouro Preto, passando pela belíssima Catas Altas.
Muito ansiosos e um tanto quanto inseguros, iniciamos, por volta de 12:30, nossa expedição em Ouro Preto, após pegarmos os passaportes e o primeiro carimbo.
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Vista de Ouro Preto |
O primeiro trecho planilhado (Ouro Preto- São Bartolomeu- Glaura) foi abortado. Ainda não consegui descobrir se a trilha é indicada apenas para trekking, bike e cavalo ou se é possível fazê-lo em um 4x4. Aliás, esta é minha maior reclamação de toda a viagem: a falta de conhecimento e informações do Centro de Atendimento ao Turista de Ouro Preto sobre a Estrada Real.
Desta forma, por estarmos sozinhos, achamos mais prudente seguirmos pelo asfalto até o povoado de Glaura e de depois para a cidade de Santo Antônio do Leite, onde pegamos o segundo carimbo.
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Igreja Nossa Senhora de Nazaré/ Santo Antônio do Leite |
Fizemos o percurso Miguel Burnier até Lobo Leite.
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Igreja Matriz Nossa Senhora da Soledade/ Lobo Leite |
De Lobo Leite, sempre seguindo as planilhas e os totens da ER, rumamos até Congonhas (3° carimbo), onde almoçamos, por volta das 14:30.
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Alguns trechos entre Lobo Leite à Congonhas |
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Basílica do Senhor Bom Senhor de Matosinhos/ Congonhas |
Próximo trecho, passamos pelo povoado Alto Maranhão e Pequeri.
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Ruínas de uma antiga cadeia pública/ Alto Maranhão |
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Trecho em Pequeri |
Passamos rapidamente pela cidade de São Brás do Suaçuí, mas pelo transcorrer das horas e para evitar pegar estradas de terra a noite, o trecho Entre Rios- Lagoa Dourada- Prados (4°, 5° e 6° carimbos, respectivamente) foi realizado pela rodovia. Chegamos em Prados por volta das 19:30, onde pernoitamos.
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Igreja Nossa Senhora das Brotas/ Entre Rios |
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Igreja Matriz de Santo Antônio/ Lagoa Dourada |
No segundo dia, saindo de Prados após o café da manhã, recomeçamos a trilhar por volta das 10:00. Sentido Tiradentes
(7° carimbo), conhecemos o povoado Bichinhos, um lugar que terá nossa visita em breve.
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Igreja Nossa Senhora da Conceição/ Prados |
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Igreja Nossa Senhora da Penha/ Bichinho- Tiradentes |
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Paisagem natural em Bichinho |
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Povoado de Bichinho |
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Igreja Matriz de Santo Antônio/ Tiradentes |
Entre Tiradentes e São João del Rei (8° carimbo), passamos pelo município de Santa Cruz de Minas, onde podemos apreciar e nos refrescarmos na cachoeira Bom Despacho. O local é Área de Preservação Ambiental (APA da Serra de São José). O bioma abriga orquídeas raras, rica fauna e cerca de 50% de todas as libélulas conhecidas no Estado de Minas Gerais e, também, cerca de 18% das espécies de libélulas que ocorrem no Brasil; deste último fato originou a criação, pelo governo mineiro, através do Decreto n.º 43.908, de 5 de novembro de 2004, do "Refúgio Estadual de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José". (fonte: www.patriamineira.com.br)
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Cachoeira Bom Despacho/ Santa Cruz de Minas |
No local também, temos o Totem considerado como o marco zero do Projeto Estrada Real.
Chegamos em SJDR às 13:00 e seguimos viagem sentido à São Sebastião da Vitória.
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Igreja São Francisco de Assis/ São João del Rei |
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Paróquia São Sebastião da Vitória |
O próximo trecho é em estrada de terra e vai até Caquende, passando pelo marco 1000 da ER.
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Totem n° 1000 da Estrada Real em Caquende |
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Igreja Nossa Senhora do Carmo/ Caquende |
Para chegar em Capela do Saco, tivemos uma aventura à parte - travessia de balsa pela represa de Camargos.
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Capela Nossa Senhora da Conceição/ Capela do Saco |
Parada e descanso programado na nossa Expedição: Chegamos em Carrancas (9°carimbo) ainda com Sol. E por lá, ficamos 3 dias para nos deleitarmos nas belas cachoeiras e inúmeras atrações que a cidade oferece!
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Chegada em Carrancas |
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A Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição das Carrancas |
Na realidade, não sabíamos se chegaríamos à Paraty e, há muito tempo queria retornar ao paraíso, em forma de cachoeira, chamado Carrancas. Sendo assim, reservamos três diárias numa confortável pousada na cidade para aproveitarmos alguns dias de férias e descanso!
No segundo dia em Carrancas, fomos para o Complexo da Zilda, um verdadeiro parque aquático natural há 12 km do centro. Aproveitamos na ocasião, o Escorregador da Zilda. Lugar muito divertido e com água gelada, mas que vale a pena pela adrenalina e gargalhadas!
No terceiro dia, visitamos a Cachoeira da Fumaça, os Poços Esmeralda e Três Irmãos.
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Cachoeira da Fumaça: primeira queda |
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Cachoeira da Fumaça: segunda queda |
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Trilha para os poços Três Irmãos e Esmeralda |
Se faltasse disposição/ $$$$$$$, retornaríamos para casa tendo aproveitado até no momento, bastante nossa viagem.
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Poço Esmeralda |
Na quinta-feira (19/01), mesmo tendo uma pequena indisposição intestinal (kkkkkkk sempre acontece!), mas com espírito de aventura revigorado, seguimos em frente!
Partindo de Carrancas, no sexto dia de expedição, com direção à Cruzília, conhecemos a Fazenda Traituba, erguida no início do século XIX, para receber D. Pedro I. Visita que nunca aconteceu.
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Fazenda Traituba |
Em Cruzília (10°carimbo), valeu a visita no Museu do Manga Larga Marchador.
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Igreja São Sebastião Mártir/ Cruzília |
Rumamos para Baependi (11°carimbo), onde almoçamos e seguimos pro Circuito das Águas.
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Igreja Nhá Chica/ Baependi |
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Igreja Matriz Nossa Senhora do Montserrat/ Baependi |
Em Caxambu (12°carimbo) e São Lourenço (13°carimbo) passamos muito rapidamente apenas para coletar os carimbos, mas já pensamos em curtir, em outro período de férias, todo o Circuito das Águas.
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Selfie com meu amigo em Caxambu |
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Forte chuva entre Caxambu e São Lourenço |
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Vista de São Lourenço |
Pelo avançar do dia, preferimos abortar o trecho de estrada de terra entre Pouso Alto (14°carimbo) à Passa Quatro (17°carimbo). Conhecemos as cidades Itamonte (15°carimbo) e Itanhadu (16°carimbo), mas fizemos pelo trecho urbano. Pousamos em Passa Quatro, no Distrito de Tronqueiras.
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Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição/ Pouso Alto |
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Paróquia de São José/ Itamonte |
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Igreja Matriz Nossa Senhora Da Conceição/ Itanhandu |
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Igreja Matriz de São Sebastião/ Passa Quatro |
No sétimo dia, três estados: Partimos de Passa Quatro e chegamos em Guaratinguetá (18°carimbo) debaixo de um "pé-d'água", que nos fez, por precaução, seguir pelo asfalto até Cunha (19°carimbo), onde almoçamos.
A cidade de Guaratinguetá se destaca pelo turismo religioso envolvendo visitas à casa de Frei Galvão, ao seminário do Santo, a Igrejas como a "Catedral de Santo Antônio" e a "Igreja de Frei Galvão.
Frei Galvão (Guaratinguetá, 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um frade católico e primeiro santo nascido no Brasil. Frei Galvão foi Canonizado pelo Papa Bento XVI em 11 de maio de 2007, durante a visita do pontífice ao Brasil. A comprovação oficial e o anúncio foi feito em 16 de dezembro de 2006. (fonte: http://www.saofreigalvao.org.br/)
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Catedral de Santo Antônio/ Guaratinguetá (SP) |
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Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição/ Cunha (SP) |
De Cunha à Paraty, último trecho do Caminho Velho, passando pelo Parque Nacional da Serra Bocaina, não poderia deixar de fazê-lo de jeito nenhum. Então, mesmo chovendo muito, como desafio pessoal e final, encaramos de frente!
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Parque Nacional Serra da Bocaina |
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Igreja Nossa Senhora da Penha/ Paraty (RJ) |
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Totem Caminho do Ouro/ Paraty (RJ) |
Chegamos em Paraty, por volta das 16 horas, onde pegamos o último dos 20 carimbos.
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Igreja de Santa Rita/ Paraty (RJ) |
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Carimbos do Caminho Velho |
Agradeço aos amigos pelas dicas, mas agradeço principalmente a Daniela Paiva Nunes, companheira FIEL e aventureira, pelo apoio certo nos momentos certos! Por saber a hora de palpitar quando era hora de palpitar. De saber a forma certa de tolerar os "stresses" que sugiram. Enfim, sempre ponderando da forma mais sensata e serena em minhas loucuras pela ER.
Obrigado, Dandan! Te Amo e te aguardo em todas as minhas aventuras!