quarta-feira, 23 de julho de 2014

Brasil tem vitória na ONU para explorar "navio-pirata cheio de ouro"

Que a ONU é uma entidade extremamente questionada, ninguém duvida. Que é influenciada para atender interesses econômicos estadunidenses, todos têm certeza! Mas no dia de hoje o Brasil, potência emergente e dependente das exportações de commodities, conseguiu uma vitória importante para garantia de exploração de recursos naturais submersos no Atlântico. 

Vale lembrar que a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) – assinada pelo Brasil em 10 de dezembro de1982 e, posteriormente, ratificada em 22 de dezembro de 1988 – já define os conceitos de mar territorial, zona econômica exclusiva e plataforma continental.

MAR TERRITORIAL: Nos termos da CNUDM (arts. 2 e 3), a soberania do Estado costeiro sobre o seu território e suas águas interiores estende-se a uma faixa de mar adjacente - mar territorial - com dimensão de até 12 milhas marítimas (1 m.m.= 1.852 metros) a partir das linhas de base1.

No mar territorial, o Estado costeiro exerce soberania ou controle pleno sobre a massa líquida e o espaço aéreo sobrejacente, bem como sobre leito e o subsolo deste mar.


ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA (ZEE):"A zona econômica exclusiva é uma zona situada além do mar territorial e a este adjacente..." (CNUDM, art. 55) e "...não se estenderá além de 200 milhas marítimas (370,4 km) das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial" (CNUDM, art. 57).

A Convenção garante ao Estado costeiro "...direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não vivos das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo..." (CNUDM, art. 56, par. 1, alínea a).

Além das 200 m.m., ou seja, em águas internacionais, o país "descobridor do navio-pirata cheio de ouro" tem direito a exploração desde que seja autorizado pela Autoridade Internacional de Fundos Marinhos (Isba/ONU). E nós conseguimos!!! 



Brasil obtém permissão da ONU para explorar minério em fundo do oceano
Atualizado em  23 de julho, 2014 - 18:25 (Brasília) 21:25 GMT

O Brasil foi autorizado por um braço da ONU a explorar recursos minerais em águas internacionais do oceano Atlântico, levantando tanto potenciais ganhos econômicos quanto preocupações ambientais.

Essa mineração submarina é considerada uma nova fronteira na busca por metais preciosos, como manganês, cobre e ouro, que se tornaram essenciais na economia mundial moderna.

A permissão foi concedida pela Autoridade Internacional de Fundos Marinhos (Isba), órgão vinculado à ONU, e confere ao país o direito de atuar por 15 anos em uma área de 3 mil quilômetros quadrados na região do Atlântico conhecida como Elevação do Rio Grande, localizada a cerca de 1,5 mil km da costa do Rio de Janeiro.

O pedido foi feito em dezembro pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em nome do Ministério de Minas e Energia, depois do investimento de R$ 90 milhões ao longo de quatro anos de estudos sobre o potencial geológico desta área.

Potencial econômico
O Brasil poderá estudar as chamadas crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto em projetos de mineração submarina. Segundo o CPRM, esses depósitos foram identificados como os de maior potencial econômico e estratégico em levantamentos realizados em expedições a essa região.

"Nestes 15 anos, mapearemos o que existe lá e avaliaremos seu potencial econômico. Depois, podemos entrar com um novo pedido para explorar economicamente", afirma à BBC Brasil Roberto Ventura Santos, diretor de geologia e recursos minerais do CPRM.

"As possibilidades são interessantes, porque é uma região rica em elementos químicos usados na indústria, especialmente nas de alta de tecnologia, na produção de chips, peças de usinas eólicas e carros elétricos."

Santos afirma ainda que o Brasil ampliará seu conhecimento técnico sobre este tipo de mineração submarina, formará profissionais capacitados a trabalhar nesta área e criará tecnologia para tal.

"Somos o primeiro país da América Latina a conseguir essa permissão e, assim, entramos no seleto grupo de países que fazem este tipo de exploração, como Japão, Estados Unidos e China", diz Santos.

Novas permissões
Além do Brasil, a ONU concedeu outras seis novas permissões a empresas públicas e estatais do Reino Unido, Cingapura, Ilhas Cook, Índia, Alemanha e Rússia.

Com isso, a área total do leito oceânico liberada para exploração foi ampliada para 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sob um total de 26 permissões de exploração científica.

A ONU ainda não conferiu nenhuma permissão de exploração econômica, conhecida como explotação, mas as primeiras devem ser concedidas nos próximos anos, segundo a Isba.

"Existe um interesse crescente", disse Michael Lodge, da Isba, à BBC. "A maioria dessas últimas permissões foi concedida a empresas que esperam minerar estas áreas em pouco tempo".

No entanto, ainda precisam ser negociadas as condições e regras dessa atividade econômica, como por exemplo a divisão de royalties, já que um dos princípios básicos da Isba é que as riquezas do fundo do oceano devem ser compartilhadas globalmente.

A exploração mineral do fundo oceano começou a ser investigada na década de 1960, mas só recentemente tornou-se possível graças a avanços tecnológicos – criados nas indústrias de petróleo e gás. Ao mesmo tempo, o preço destas matérias-primas aumentou, também as chances de se obter um bom retorno econômico, o que viabilizou os investimentos necessários para obtê-las.
Impacto ambiental

No entanto, esse tipo de exploração não é vista com bons por grupos de defesa do meio ambiente, que alegam que a exploração pode trazer prejuízos para ecossistemas marinhos.

Um protocolo para minimizar o impacto ambiental ainda está sendo estudado.

O biólogo marinho Jon Copley, da Universidade de Southampton, vem monitorando a mineração nas chamadas dorsais oceânicas, nome dado às cadeias de montanhas submersas que se originam do afastamento de placas tectônicas.

"Cerca de 6.000km de dorsais oceânicas, ou 7,5% do total, são exploradas hoje por seu potencial mineral", afirma Copley.

"Essas dorsais são um dos três locais do fundo do oceano em que há depósitos mineirais que atraem o interesse de países e empresas. Mas também vivem nestes locais colônias de espécies que não são encontradas em outras partes do oceano e podem ser suscetíveis a impactos ambientais gerados pela mineração."

Santos, da CPRM, diz que isso será levado em conta no caso brasileiro: "Faremos um estudo de impacto ambiental junto com o de potencial econômico. Nosso pedido foi muito elogiado por causa disso".
Com reportagem de David Shukman, editor de ciência da BBC News, e Rafael Barifouse, repórter da BBC Brasil.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140723_mineracao_submarina_brasil_rb.shtml

Brasil recebe autorização da ONU para explorar recursos no fundo do mar

País obtém direitos sobre área de 3 mil quilômetros quadrados em águas internacionais no Atlântico Sul com minérios ricos em cobalto
POR CESAR BAIMA
23/07/2014 15:32 / ATUALIZADO 23/07/2014 18:15


RIO – O Brasil está pronto para ingressar em uma das últimas fronteiras na busca por recursos naturais valiosos no planeta, o fundo do mar. No início desta semana, a Autoridade Internacional para o Leito Marinho (Isba, na sigla em inglês), entidade ligada à ONU, aprovou pedido do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para pesquisar e explorar uma área de 3 mil quilômetros quadrados na chamada Elevação do Rio Grande, localizada a 1,5 mil quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro em águas internacionais no Atlântico Sul.

O plano da CPRM tem como objetivo futuros projetos de mineração submarina de crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto, depósitos identificados como de maior potencial econômico e estratégico em levantamentos preliminares realizados após diversas expedições ao local. Pelos termos da concessão, o Brasil terá 15 anos para pesquisar 150 blocos, cada com 20 quilômetros quadrados, reunidos em oito grandes grupos.

Segundo a CPRM, o trabalho permitirá ao país aumentar seu conhecimento estratégico sobre recursos existentes na região próxima à plataforma continental brasileira por meio da coleta de dados ambientais, do estudo do seu potencial econômico e desenvolvimento de pesquisas oceanográficas e ambientais, ampliando a presença brasileira no Atlântico Sul.

Nos últimos quatro anos, o governo brasileiro investiu cerca de R$ 90 milhões em pesquisas no Atlântico Sul com foco da exploração mineral do leito oceânico, que também está atraindo o interesse de diversos países. Para este ano, estão previstos mais R$ 20 milhões e, com a aprovação do pedido brasileiro pela Isba, a CPRM vai investir em pesquisas só na Elevação do Rio Grande mais R$ 11 milhões nos próximos cinco anos.


http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/brasil-recebe-autorizacao-da-onu-para-explorar-recursos-no-fundo-do-mar-13352605#ixzz38LTMIfoS

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Cúpula do Brics e a criação do chamado Novo Banco de Desenvolvimento (NBD)

Neste mês de julho, foi realizado a VI Cúpula dos Brics, tendo como tema “Crescimento Inclusivo: Soluções Sustentáveis”. 

O BRICS é um agrupamento econômico atualmente composto por cinco países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 

Detentores de mais de 21% do PIB mundial, este o grupo de países foram os que mais crescem no planeta. Além disso, representam 42% da população mundial, 45% da força de trabalho e o maior poder de consumo do mundo. 

Destacam-se também pela abundância de suas riquezas nacionais e as condições favoráveis que atualmente apresentam para explorá-las.

Sobre os resultados e repercussões deste encontro, selecionei dois textos que dão ênfase a criação do Novo Banco de Desenvolvimento que irá financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. 

Boa Leitura e até breve!


Banco dos Brics busca alternativa a hegemonia de países ricos
Ruth Costas e João Fellet
Da BBC Brasil em São Paulo e Brasília
Atualizado em  15 de julho, 2014 - 16:34 (Brasília) 19:34 GMT

Os chefes de Estado dos países membros dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) assinaram nesta terça-feira um tratado para a criação de um banco de desenvolvimento que financiará obras de infraestrutura em países pobres e emergentes.

Batizada de Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), a instituição terá sede em Xangai, na China. A presidência do banco será rotativa entre os membros, e a Índia será o primeiro país a chefiá-lo.

Acredita-se que o novo banco possa representar uma equivalente "emergente" ao Banco Mundial, um órgão internacional tradicionamente dirigido por um representante dos Estados Unidos, com aporte americano significativo.

O acordo que formalizou a criação do banco foi assinado durante o 6º Fórum dos Brics, em Fortaleza.

Participaram do encontro, além da presidente Dilma Rousseff, o novo premiê indiano, Narendra Modi, e os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, Xi Jinping, da China, e Jacob Zuma, da África do Sul.

Alternativa
Pelo arranjo, o Brasil poderá indicar o presidente do conselho de administração do banco. O país pleiteava a presidência do banco, mas acabou cedendo para a Índia.

A Rússia poderá nomear o presidente do conselho de governadores, e a África do Sul sediará um Centro Regional Africano da instituição.

O capital inicial do banco será de US$ 50 bilhões, dividido igualmente entre os membros do Brics.

Em discurso na cúpula, a presidente Dilma Rousseff disse que o banco "representa uma alternativa para as necessidades de financiamento de infraestrutura nos países em desenvolvimento, compreendendo e compensando a insuficiência de crédito das principais instituições financeiras internacionais".

Na reunião, além da abertura do banco, os líderes acertaram a criação de um fundo para socorrer membros dos Brics que passem por riscos de calote.

O fundo, batizado de Arranjo de Contingente de Reservas (ACR), será composto por US$ 100 bilhões: US$ 41 bilhões virão da China; Brasil, Rússia e Índia, entrarão com U$ 18 bilhões cada; e África do Sul, com US$ 5 bilhões.

O NBD e o ACR foram construídos à semelhança do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), como admitiu recentemente o subsecretário-geral político do Ministério das Relações Exteriores, embaixador José Alfredo Graça Lima.

Mais voz
Os membros do Brics reivindicam mais voz nas duas grandes instituições financeiras globais.

Na declaração da cúpula em Fortaleza, eles se disseram “desapontados e seriamente preocupados com a presente não implementação das reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 2010, o que impacta negativamente na legitimidade, na credibilidade e na eficácia do Fundo”.

Para serem concretizadas, as reformas acordadas ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso dos Estados Unidos.

Na declaração, os membros do Brics também cobraram o Banco Mundial a democratizar sua estrutura de governança, fortalecer sua capacidade financeira e ampliar o financiamento para o desenvolvimento e difusão do conhecimento.

Os Brics expressaram a expectativa de que o Banco Mundial inicie "assim que possível" trabalhos de revisão acionária que também ampliem o poder de países emergentes na instituição.

'Barganha política'
Segundo Paulo Visentini, professor de Relações Internacionais da UFRGS, e Alcides Vaz, professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), a criação do banco faz parte de uma barganha política.

Uma das poucas demandas comuns dos Brics diz respeito à necessidade de reformas em instituições de governança política e econômica globais. Em especial, os cinco reivindicam mais voz no Banco Mundial e também no FMI (Fundo Monetário Internacional) – este, um órgão tradicionalmente comandado por um representante europeu.

"A criação desse banco pode ser um marco histórico importante: se ele de fato sair do papel será a primeira vez que países emergentes criam uma instituição desse porte, com mandato para atuar em diversos continentes", acredita Visentini.

"Com a criação do banco, os Brics estão dizendo que se os Estados Unidos e a Europa não modificarem o perfil dessas instituições, eles vão criar suas próprias instituições", diz ele.

"Há uma tentativa de relativizar mecanismos tradicionais (de atuação econômica e política) e explorar alternativas a esses mecanismos nos quais emergentes não têm muito espaço", acrescenta Vaz.

Mas o novo banco já nasce com uma série de questionamentos – entre eles o temor de que ele se transforme em um veículo para ampliação da influência chinesa e não venha a fomentar o desenvolvimento a que se propõe.

Dúvidas
Para Oliver Stuenkel, professor da Fundação Getúlio Vargas, e Marcos Troyjo, especialista em Brics da Universidade Columbia, nos EUA, existe de fato a possibilidade de que a China tenha uma influência excessiva sobre o banco.

O PIB da China é maior que o de todas as outras economias do Brics juntas e também é o que mais cresce – expandindo-se a uma taxa de mais de 7% ao ano,

"Esse novo banco pode permitir a China investir em alguns países em que hoje há receio da ‘invasão chinesa’", diz Stuenkel, explicando que, com envolvimento do banco, os investimentos chineses teriam uma "cara" mais multilateral.

Stuenkel diz que em uma tentativa de evitar um peso excessivo da China no banco dos Brics, o Brasil teria insistido desde o início do projeto que o seu capital inicial fosse aportado igualmente pelos cinco países do clube emergente – embora os chineses tivessem condições de colocar muito mais dinheiro.

ONGs e movimentos da sociedade civil que fazem um encontro paralelo à cúpula de chefes de Estado em Fortaleza ressaltam a necessidade de garantir que os projetos financiados pelos recursos do banco realmente promovam "desenvolvimento".

"O problema é que, ao que tudo indica, esse banco vai continuar a financiar megaprojetos de infraestrutura que só beneficiam os líderes políticos e as empresas neles envolvidas", diz Carlos Tautz, do Instituto Mais Democracia.

"Ninguém está falando em financiar hospitais, escolas ou saneamento básico para beneficiar diretamente as populações desses países."

Histórico
O projeto do banco dos Brics vem sendo discutido desde 2012.

No ano passado, em Durban, na África do Sul, os cinco países deram sinal verde tanto para essa iniciativa quanto para o ACR.

"Desde Durban, já avançamos muito", disse uma fonte ligada ao Itamaraty. "Há um ano tínhamos pouco mais que uma página em branco.”

As duas instituições foram construídas à semelhança do Banco Mundial e do FMI, como admitiu recentemente o subsecretário-geral político do Ministério das Relações Exteriores, embaixador José Alfredo Graça Lima.

"O objetivo não é substituir essas instituições, mas suplementar, apoiando projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países do Brics ou em países emergentes, importantes para o Brics", explicou.

O Brasil teria sido o único país que não apresentou uma proposta de sede.

Para Troyjo, da Universidade Columbia, foi uma decisão míope.

"Não pleitear uma sede brasileira só pode ser resultado de uma falta de visão de longo prazo, uma hipertrofia da agenda imediata do país, porque essa pode ser uma instituição multilateral de peso em alguns anos", opina.

Razões
Mas, afinal, para que países como Brasil, Índia e China – que já tem seus bancos de desenvolvimento - precisam de um novo banco para financiar projetos de infraestrutura?

Além da razão política de criar uma alternativa à hegemonia americana e europeia no sistema financeiro internacional, do ponto de vista financeiro, o banco dos Brics poderia receber uma classificação de risco melhor que os países do grupo para captar dinheiro no mercado a custo menor.

Para Troyjo, a escolha dos Brics por uma estratégia de construção institucional também ajudaria a tirar a atenção da questão do crescimento econômico – que motivou a criação do acrônimo Brics - em um momento em que os cinco países estão desacelerando (embora isso para a China signifique uma expansão de mais de 7% ).

Stuenkel, da FGV, concorda que a institucionalização é uma saída para dar relevância ao grupo e garantir a cooperação entre países de interesses econômicos e políticos tão díspares. "O banco ajuda a assegurar que o grupo continuará existindo. Os cinco países estarão assumindo um compromisso firme, de longo prazo, que exigirá o encontro frequente de suas autoridades."

Vaz enfatiza que os cinco países do Brics nunca tiveram como ambição falar em uma única voz no que diz respeito a temas políticos da agenda internacional.

"Não há programa de integração política: são países politicamente diferentes, com interesses diferentes e culturas diferentes", reforça José Botafogo Gonçalves, ex-ministro de Indústria e Comércio Exterior e ex-embaixador do Brasil na Argentina.

Ainda assim, Gonçalves acredita que essas diferenças não impedem que os integrantes do bloco construam uma agenda conjunta em torno de temas como desenvolvimento sustentável, investimentos em infraestrutura, transporte e energia.

"O banco dos Brics seria um resultado concreto da cooperação. O G7 (grupo das nações mais industrializadas e desenvolvidas economicamente), por exemplo, nunca conseguiram nada nessa linha", opina Troyo.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140711_banco_brics_ru.shtml


Edição do dia 16/07/2014 16/07/2014 20h31 - Atualizado em 17/07/2014 19h59
Cúpula do Brics: veja as principais decisões do encontro de países
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul iniciam nova fase do Brics. Chefes de Estado anunciam fundo de reserva e banco de investimento.

Fortaleza sediou nesta semana a VI Conferência de Cúpula do Brics, grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia  , China e África do Sul. O tema do encontro neste ano foi crescimento com inclusão social e desenvolvimento sustentável.

Os chefes de Estado dos cinco países iniciaram uma nova fase do Brics. Além da criação de um fundo de reserva de US$ 100 bilhões, eles lançaram um banco de investimentos, com aporte inicial de US$ 50 bilhões.

1º dia (14/07): Encontro Empresarial
Um fórum empresarial abriu o encontro com 700 empresários das 602 maiores empresas dos cinco países. A expectativa da Confederação Nacional da Indústria era de que US$ 3,9 bilhões fossem negociados durante as reuniões.

A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniram em Brasília, antes de seguirem para a reunião de cúpula. Eles assinaram nove atos de cooperação, entre acordos comerciais, intercâmbio de informações e cooperação nas áreas de tecnologia, defesa e energia.

Entre os acordos, foi firmado um plano para promover o comércio e aumentar investimentos entre os dois países, elevando o patamar comercial para US$ 10 bilhões.

"Brasil está sendo pressionado a apoiar a anexação da Crimeia"
Renato Galeno/  comentarista de assuntos internacionais

"O grupo não é muito coeso. É um grupo que sempre foi frágil"
Antonio Carlos Manfredini/ professor de Economia Internacional da FGV/SP

2º dia (15/07): Criação de fundo e banco de investimentos
Após dois anos de discussões, os chefes de Estado do Brics assinaram um acordo que oficializa a criação do chamado Novo Banco de Desenvolvimento (NBD). Com um aporte inicial de US$ 50 bilhões, podendo chegar a US$ 100 bilhões, o NBD tem o objetivo de financiar projetos de infraestrutura no Brics e até em países que tenham empresas do grupo.

A China venceu a disputa para sediar a instituição, que ficará em Xangai. O primeiro presidente será indiano. O Brasil ficou com a presidência do Conselho de Administração do banco. O mandato dos dirigentes será de cinco anos, não prorrogáveis.

Um fundo de reserva de US$ 100 bilhões também foi criado para eventuais problemas financeiros dos países do grupo, servindo como uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional.
O governo chinês vai repassar US$ 41 bilhões ao fundo. Rússia, Índia e Brasil cederam US$ 18 bilhões cada. Já o mais novo integrante do grupo, a África do Sul, deu US$ 5 bilhões.

“Divisão igualitária ensina algo aos líderes europeus e americanos”
Flávia Oliveira/ comentarista de economia

“É um passo institucional importante para melhorar o equilíbrio de forças”
Thais Herédia/ comentarista de economia


3º dia (16/07): Cooperação com países da América do Sul
Os cinco chefes de Estado do Brics e de onze países da América do Sul se reuniram no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. Eles passaram o dia discutindo o aumento da cooperação entre os países.

Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da Índia, Nerendra Modi, fecharam acordos nas áreas de meio ambiente e relações diplomáticas para facilitar o fluxo de pessoas entre os dois países.

No Palácio do Itamaraty, a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, formalizada no dia anterior e apoiada pelos países sul-americanos, foi o tema principal.

A presidente Dilma Rousseff afirmou que o banco vai criar uma rede de proteção para os países do grupo. Ela rebateu a visão de que o Brasil teria sofrido uma derrota ao ceder a presidência da instituição para a Índia.


http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/07/cupula-do-brics-veja-principais-decisoes-do-encontro-de-p

domingo, 13 de julho de 2014

Hamas e Israel: uma disputa além da Copa

Enquanto realizamos a Copa das Copas, nossos amigos do Hamas/ Palestinos e Israel travam uma outra disputa muito mais tensa. 

Sem abarcar os motivos históricos e geopolíticos, a mídia vem apresentando o fim do cessar fogo, entre os dois grupos, como uma repercussão dos sequestros de jovens das duas etnias. Mas será só isto mesmo? 

Quem é o Hamas? Paz ou Guerra: o que é melhor para o grupo sunita? E Israel, será tão vítima como a mídia propõem? 

Para esta semana, três textos sobre o tema, que foi pouquíssimo abordado pela mídia televisiva. O Segundo, da BBC, é o mais completo e objetivo para nossas discussões. 

Boa Leitura!

Edição do dia 10/07/2014 10/07/2014 20h29 - Atualizado em 13/07/2014 18h48
Entenda o caso: aumenta a violência entre israelenses e palestinos
Morte de quatro adolescentes agrava tensão no Oriente Médio.
Especialistas comentam escalada da violência nos dois lados da fronteira.

A violência no Oriente Médio voltou a crescer depois do assassinato de três adolescentes israelenses e de um palestino, de 16 anos.
Os três adolescentes israelenses foram sequestrados no dia 12 de junho, quando pediam carona na cidade de Hebron, no Sul da Cisjordânia, para ir a Jerusalém. O desaparecimento dos jovens comoveu o país.
governo israelense acusou o grupo islâmico Hamas, que não confirmou nem negou envolvimento com o caso. Depois de 18 dias de buscas, os corpos dos três adolescentes foram encontrados, com marcas de tiros.

No dia 1º de julho, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental, após ser torturado e queimado vivo, acirrando ainda mais a tensão entre os países, com bombardeios e protestos nas ruas.
O crime provocou a suspeita de que teria sido uma vingança pelo assassinato dos adolescentes israelenses. Três judeus de extrema-direita estão presos pelo crime.
Um vídeo mostrando policiais israelenses espancando um jovem com brutalidade agravou o clima de hostilidade. A vítima era um americano de origem palestina em visita de férias, primo do adolescente queimado vivo.
Desde a madrugada da última terça-feira (8), quando Israel começou uma nova operação militar na Faixa de Gaza, mais de 1.300 ataques contra supostos alvos do Hamas foram realizados. Os militantes palestinos responderam aos ataques, lançando mais de 800 foguetes contra cidades israelenses.
Na quinta-feira (10), o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência para discutir a crise no Oriente Médio. O secretário-geral Ban Ki-moon fez um apelo por um cessar-fogo imediato.
A ofensiva israelense, com intensos ataques aéreos, já deixou ao menos 160 palestinos mortos e mais de 600 feridos nos últimos seis dias.

http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/07/entenda-o-caso-aumenta-violencia-entre-israel-e-palestina.html

O que o enfraquecido Hamas pode ganhar com o conflito entre Israel e Palestina?
Atualizado em  12 de julho, 2014 - 10:24 (Brasília) 13:24 GMT

Israel e militantes palestinos continuaram a trocar ataques durante a noite. Centenas de mísseis e foguetes foram disparados desde que Israel iniciou sua operação há cinco dias, após acusar o Hamas pelo sequestro e morte de três jovens israelenses em junho.

Fontes palestinas dizem que 123 palestinos foram mortos. Segundo a ONU, mais de três quartos são civis. O Exército de Israel afirma que acertou mais de 60 alvos "terroristas" com ataques aéreos e que seis foguetes atingiram Israel no sábado.

Não há nenhum sinal de que ambas as partes concordem com um cessar-fogo, apesar de intensa diplomacia nas Nações Unidas.
O enfraquecimento recente do Hamas é um dos fatores que vai dificultar a contenção da nova escalada de violência entre Israel e Palestina, analisa do correspondente da BBC em Jerusalém Kevin Connolly.
Após perder apoio - e consequentemente dinheiro - de países como Irã, Síria e Egito, o grupo militante está fragilizado, e a intensificação recente do conflito pode ser uma forma de exigir concessões.
O último cessar-fogo não deu em nada - não apenas por causa do que aconteceu nas últimas semanas, mas porque as mudanças mais amplas no cenário político do Oriente Médio criaram enormes pressões sobre o Hamas.
A ligação entre o sequestro dos três adolescentes israelenses e a escalada repentina de hostilidades com Gaza é bastante simples.
Israel culpou o Hamas pelos sequestros e inundaram a Cisjordânia com soldados que encurralaram centenas de ativistas do Hamas. Os palestinos viram as prisões como uma punição coletiva ao invés de uma verdadeira busca por evidências.
A única ferramenta que o Hamas tinha à sua disposição para responder era o lançamento de foguetes a partir de Gaza - e essas prisões foram motivo suficiente para que o bombardeio se intensificasse.

Primavera Árabe
As mudanças mais amplas no Oriente Médio ajudam a explicar por que um Hamas enfraquecido pode ver um valor estratégico na escalada do conflito com Israel.
A organização foi muito afetada pelas reviravoltas da Primavera Árabe, que deixaram o grupo com poucos aliados e dinheiro.
No passado, o Hamas teve o apoio do Irã e da Síria. Mas o grupo é um ramo da organização sunita Irmandade Muçulmana e - quando ficou do lado de líderes rebeldes sunitas que se opõem ao presidente da Síria Bashar al-Assad e a seus aliados xiitas em Teerã - o Irã respondeu desligando as torneiras financeiras. O Irã costumava doar até US$ 20 milhões por mês - o suficiente para manter em funcionamento o governo em Gaza.
Isso não importava tanto enquanto Mohammed Morsi da Irmandade Muçulmana comandava o Egito. Ele é fortemente identificado com o Hamas e manteve abertos alguns túneis sob a fronteira de Gaza, por onde entram armas e itens básicos de consumo cuja comercialização gera receita para o Hamas por meio de impostos.
Mas o novo governo egípcio de Abdul Fattah al-Sisi considera a Irmandade Muçulmana e o Hamas como organizações terroristas e fechou muito mais túneis.
Desesperado, o Hamas chegou a uma espécie de reconciliação política com o seu rival Fatah, grupo por trás da Autoridade Palestina, que hoje administra a Cisjordânia sob a ocupação israelense.
Até agora, no entanto, essa ligação não trouxe ao Hamas benefícios concretos e subsistem diferenças enormes entre os grupos palestinos rivais.

Exigências para trégua?
O reinício do lançamento de foguetes não vai resolver esses problemas imediatamente. Mas os líderes militantes do Hamas podem estar calculando que a visão de civis palestinos que sofrem sob bombardeio aéreo terrível forçará a Autoridade Palestiniana a prestar maior solidariedade e os governos árabes a mostrarem mais apoio.
Hamas pode avaliar que havia poucas vantagens em manter a paz uma vez que as hostilidades podem abrir espaço para a exigência de concessões exatamente para encerrar os conflitos.
Israel, por sua vez, está desesperado para interromper os ataques de foguetes e danificar o Hamas.
Para o mundo exterior, os foguetes de Gaza podem parecer ineficazes - muitos são caseiros e Israel consegue contê-los com seu sistema de defesa antimíssil.
Mas os civis israelenses estão preocupados com a intenção por trás dos foguetes, e não com sua eficácia militar. Eles estão totalmente familiarizados com o ritual de correr para o abrigo com os filhos quando ouvem o alerta de 15 segundos - e querem que seu governo coloque um fim nisso.
O problema é que não há maneira fácil.
Os sistemas de armas modernos não são totalmente precisos como alguns acreditam e, inevitavelmente, ataques aéreos matam pessoas inocentes.
Israel pode argumentar que está tentando evitar vítimas civis, enquanto o Hamas está tentando causá-las. Mas imagens de televisão de civis mortos em Gaza - especialmente de crianças – influenciam as percepções sobre Israel ao redor do mundo.

Opções difíceis
Fontes israelenses dizem que grupos militantes em Gaza provavelmente têm dez mil foguetes e admitem que não sabem onde alguns - de mais de longo alcance - estão ocultos. Encontrá-los e destruí-los com ataques aéreos pode levar um tempo muito longo. As baixas civis cresceriam, assim como a crítica internacional.
E o envio de tropas terrestres não parece uma opção atraente também. Primeiro, é preciso decidir que escala de operação será lançada - uma série de incursões em depósitos de armas conhecidos? Ou uma grande reocupação de todo o território com todos os perigos e responsabilidade que isso traz?
Haveria mais mortes de civis, tornando-se uma tarefa difícil para a opinião internacional. E haveria baixas militares israelenses também - o que poderia levantar críticas em casa também.
O governo de Israel estabeleceu um tarefa difícil para si ao falar em pôr fim ao lançamento de foguetes de vez, e não apenas se contentar com uma trégua de algumas semanas ou meses.
Isso pode ser muito difícil de conseguir. Muitos dos foguetes em Gaza são armas caseiras. E se Israel fizer uma operação enorme e, em seguida, receber uma chuva de foguetes caseiros uma semana ou um mês depois? Então, Israel terá que empreender uma campanha sem uma estratégia clara de saída no local.

Possíveis mediadores
A imagem de Benjamin Netanyahu no resto do mundo pode ser a do direitista intransigente, mas seu instinto político é, provavelmente, o de balancear entre as visões conflitantes dentro do Israel.
É difícil ver o que seria uma vitória do seu ponto de vista. No momento, parece que não há muito sendo feito nos bastidores para manobrar um cessar-fogo.
Egito e Qatar são os mediadores mais prováveis. Egito tem contatos com ambos os lados e intermediar uma solução aumentaria a sua posição diplomática no Oriente Médio. Por outro lado, pode estar confortável em ver o potencial militar do Hamas se degradar por mais algum tempo.
Portanto, não é difícil de desvendar as grandes mudanças estratégicas e pequenos atos de ódio que conspiraram para provocar esta última rodada de hostilidades. Mas é muito difícil ver qual a combinação de circunstâncias poderá levá-las a um fim.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140712_hamas_israel_ms.shtml


Conflito se agrava e cessar-fogo entre Israel e Hamas parece distante
Atualizado em  13 de julho, 2014 - 09:42 (Brasília) 12:42 GMT
A madrugada de domingo foi marcada pelo pior bombardeio à Gaza desde que Israel começou sua operação, no dia 8 de julho.

Israel realizou ataques aéreos durante a noite contra delegacias de polícia e o quartel de segurança de Gaza. Tropas também invadiram uma área de Gaza usada para disparar foguetes de longo alcance contra Israel, informou o país.
Pelo menos 159 palestinos morreram desde o início dos ataques aéreos, afirmam autoridades palestinas. Segundo essas fontes, um dos ataques recentes matou 17 membros de uma mesma família.
Mas, apesar da escalada de violência e do pedido do Conselho de Segurança da ONU pela interrupção dos ataques, um acordo de cessar-fogo ainda parece distante, analisa Jeremy Bowen, editor da BBC para o Oriente Médio.


Guerras entre Hamas e Israel tendem a terminar com algum tipo de cessar-fogo, ele explica. Fatores que influenciam o tempo que levam para fechar um acordo incluem a quantidade de sangue derramado e a quantidade de pressão internacional sobre ambos os lados.
Parece que este ponto que ainda não foi alcançado, nota Bowen. "O cessar-fogo envolve uma certa perda de prestígio, pois os líderes recuam da retórica que disparam quando os ataques militares começam".
"Nenhum dos lados está pronto para isso ainda - este conflito ainda deve piorar antes que a pressão por um cessar-fogo se torne incontestável", acredita o editor.

Autodefesa
Ambos os lados reivindicam o direito de autodefesa. Como sempre, no entanto, Israel está matando muitos mais do que o Hamas, ele observa.
"Isso não acontece por causa de qualquer falta de intenção do lado do Hamas e outros grupos militantes em Gaza. É porque o Estado de Israel é massivamente mais potente, e gasta milhões em defesa civil."
Por muitos anos, cada nova casa de Israel foi construída com um quarto à prova de explosão.
Em Sderot, a cidade israelense mais próxima à Gaza, até as paradas de ônibus parecem blocos de concreto.
Israel também tem um sistema antimíssil eficaz, o Iron Dome, em grande parte pago pelos Estados Unidos.

Falta de mediadores
Uma complicação adicional é que a negociação de cessar-fogo exige mediadores, e não há ninguém óbvio para fazer o trabalho. Os americanos têm se oferecido, mas ainda seria preciso outro mediador, a menos que os Estados Unidos retiram a proibição de contato direto com o Hamas.
A última rodada de combates entre o Hamas e Israel, em 2012, terminou com um acordo de cessar-fogo mediado pelo então presidente do Egito, Mohammad Morsi.
A então Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, o agradeceu calorosamente por seus esforços na época. Mas Morsi foi retirado do poder por um golpe militar há um ano, e está na cadeia.
Israel insiste que vai ficar no ataque para proteger o seu povo e para forçar o Hamas e outros grupos militantes a parar de atirar foguetes contra Israel.
O Hamas estabeleceu condições para um cessar-fogo, incluindo o fim imediato dos ataques israelenses, bem como a libertação de prisioneiros palestinos que foram presos novamente depois de terem sido libertados em troca da soltura do refém israelense Gilad Shalit.
"Se tudo isso soa familiar, é porque é. Até agora, a crise tem sido muito semelhante a de 2012, quando o Hamas e Israel lutaram pela última vez em Gaza e em seu redor", destaca Bowen.

Ataques
As forças militares israelenses dizem já ter atingido 1.320 áreas de "terror" em toda a Faixa de Gaza, enquanto o Hamas teria lançado mais de 800 foguetes contra Israel.
Na manhã deste domingo, os ataques aéreos israelenses destruíram a maioria das sedes de segurança e delegacias de polícia administradas por militantes islâmicos do Hamas, relatou o correspondente da BBC em Gaza Rushdi Abu Alouf.
Houve grandes danos às casas adjacentes ao complexo de segurança, que está localizada no bairro densamente povoado de Tel al-Hawa, no sul de Gaza.
Pelo menos cinco israelenses foram feridos esta semana por foguetes e mísseis, dois deles gravemente, mas nenhum israelense foi morto pelos ataques.
Fontes palestinas dizem que mais de 1.000 pessoas foram feridas em Gaza desde que Israel iniciou sua operação há seis dias.
Israel iniciou sua operação há seis dias, após acusar o Hamas pelo sequestro e morte de três jovens israelenses em junho.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140713_gaza_cessar_fogo_ms.shtml