terça-feira, 29 de abril de 2014

Pedal em Tabuleiro... um resgate na memória!

E lá vai eu... propondo um destino para um bando de ciclistas em busca de aventuras... Em nosso grupo "Rolé de Bike" foi aberto sugestões de trilhas para o feriadão da Semana Santa, e eu, como não poderia passar em branco, deixei a minha... cachoeira do Tabuleiro em Conceição do Mato Dentro. Minha proposta era mais uma daquelas planejadas e não executadas, por algum motivo "de força maior" por inúmeras vezes... Mas agora foi!!! 

Neste breve relato tentarei externar meus sentimentos sobre duas rodas. Digo que tentarei por que é FODA a sensação de tudo vivido. E descrever é ainda mais. 

Um antigo professor de filosofia dizia que: "O prazer é supremo quando dá prazer no início, meio e fim." Diríamos que o fim foi um saco... de noite, estrada esburacada e voltar dirigindo mais 200 km é uma peleja... mas chegamos bem. 

Mas voltemos ao início... Conseguimos pelos grupos no Face e do Zapzap fechar o grupo e os carros. Eu, Japa (Willian), Marlon e Alisson - companheiros feitos pelo pedal. Sem mágoas, porém com um certo tom de "deixa pra lá", despedimos daqueles que queriam "melar" nossa aventura. 

Noite antes, tudo no jeito e carro abastecido.




Na Saveiro e no Fox, às 6:00 partimos para a aventura. Estrada do Forninho, bikes penduradas e GPS ligado, #partiutabuleiro. Caminho longo... mais longo do que aquele no nosso "conselheiro Google".

Paradas pro lanche e fotos, depois de 200 km chegamos ao nosso destino.

Bikes a postos, é hora de trilhar... subidas fortes e logo no início e alguns já apresentavam cansaço, né Japa?
Subimos em estrada de terra por mais uns 12 km e depois de muito suor chegamos a portaria do parque.


A ideia inicial era rumo à travessia Tabuleiro-Lapinha, porém o horário já tardava e, por orientação dos guias locais, fomos desincentivados. A trilha tem muitas entradas e corríamos o risco de nos perdermos. 

Então, seguimos em direção ao pé da queda da cachoeira que batiza o parque. Eu já a conhecia. A última vez que a visitei foi há 13 anos, ainda na saudosa época dos trabalhos de campos pouco pretensiosos, mas bastante enriquecedores e animados da Geografia.  
Foto tirada em 2002 (eu acho...)
Bons tempos!!!

E fomos marchar... mais 3 km de trilhas a pé...
A paisagem é reveladora e ao mesmo passo instigante... As subidas e descidas maltratam os joelhos...
Mas somos surpreendidos todo o tempo com a delicadeza da Serra do Tabuleiro...


A cachoeira está próxima, e podemos apreciar ainda mais sua beleza...
  
Belezas raras por sinal...
No caminho, podemos conversar... podemos conhecer melhor nossos amigos e a nós mesmo... podemos descansar e descarregar todos os nossos males...

Mas o destino final, a visão do dia ainda estar por vir... e bora lá andar mais... 
E depois de muitas "pedras pelo caminho" chegamos...


E então, a bela fotografia...

E o mergulho, na água gélida, podemos fazer...


Minas Gerais é Isto!!!! 


É isto é muito mais...
Minas é terra de gente... de gente amiga... de gente fina...
De gente faminta... 
Faminta de AVENTURAS e sobre Bikes!!!!


Obrigado amigos ciclistas e gordinhos Willian, Marlon e Alisson por mais esta aventura!!!!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Geopolítica da Água: Sistema Cantareira em disputa

Quando se fala em disputas por recursos hídricos, ninguém imaginaria que o Brasil poderia se envolver em tais questões. Isto é, pelo menos parcialmente, um erro. É fato que ainda não entramos "em vias de fato" com nenhum outro país, mas temos algumas discussões em pauta com nossos vizinhos do Mercosul, como por exemplo, sobre o uso do Aquífero Guarani. 

Internamente, poderíamos imaginar e apontar o Sertão nordestino como a única área que sofre com o stress hídrico, mas o problema está bem mais próximo... o estado do RJ e SP e seus governantes estão soltando farpas pelo uso conciliado das águas da Bacia/Sistema Cantareira. Minas também está envolvido na polêmica. Bom lembrar que, em ano de eleição toda esta disputa fica mais aguçada. 

Para trazer a reflexão sobre o tema "Geopolítica da Água" dispus três reportagens. Duas especificamente sobre o que vem ocorrendo no Brasil, na atualidade e um sobre Israel- Palestina e a questão do rio Jordão. 

Boa Leitura...

São Paulo vive pior crise hídrica da história no Dia Mundial da Água
“Se São Paulo recebesse um maior investimento em saneamento, não estaria na atual crise”, diz especialista
publicado 22/03/2014 17:38

São Paulo – São Paulo vive atualmente a pior crise hídrica de sua história. O conjunto de açudes que abastece a cidade está com seu nível de água abaixo de 15% da capacidade, segundo os últimos dados do governo. O chamado Sistema Cantareira, que reúne seis açudes conectados por túneis e canais, tem capacidade para cerca de um trilhão de litros e é a fonte de água que a companhia de saneamento, Sabesp, distribui a 8,8 milhões de residências.
No local onde havia uma imensa reserva, hoje em dia só se vê um vale de terra, segundo constatou a Agência Efe em uma visita realizada hoje (22), quando é celebrado o Dia Mundial de Água. Para fazer frente à crise e amenizar os efeitos da seca provocada pelo verão mais quente dos últimos 70 anos, o governo de São Paulo anunciou nesta semana um plano de emergência para aproveitar as águas do Rio Paraíba, que é a principal fonte de abastecimento do estado do Rio de Janeiro.
O projeto, que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apresentou à presidenta Dilma Rousseff, foi imediatamente criticado pelo governo do Rio de Janeiro, que também está preocupado com seu próprio abastecimento. A atual escassez de água contrasta não só com a geografia, mas também com a própria história de São Paulo, cidade que os jesuítas portugueses fundaram para precisamente aproveitar um local com abundância de rios e cursos de água.

Só prendendo muita gente para resolver gestão da água em SP, diz promotor

Um estudo que a ONG SOS Mata Atlântica realizou para lembrar o Dia Mundial de Água mostra que mais de 82% das fontes de água de São Paulo estão com a qualidade inadequada e apenas 18% com qualidade regular. Nenhum dos rios tem uma qualidade de água considerada boa, segundo o relatório.
“A crise em São Paulo não obedece à falta de água. Estamos em uma região com certa abundância de disponibilidade hídrica. A crise é consequência em primeiro lugar da contaminação e depois da exploração insustentável e do esbanjamento”, disse à Agência Efe a coordenadora da Rede de Águas da organização, Malu Ribeiro. Segundo ela, é precisamente a abundância que gera uma mentalidade de esbanjamento e de falta de cuidado, com consequências que a população começa a sentir.
“Se São Paulo recebesse um maior investimento em saneamento, não estaria na atual crise”, diz a especialista ao lembrar que só 37,5% das águas produzidas pelo Brasil recebem algum tipo de tratamento. Malu questiona também que o país dê prioridade ao uso de água para a produção de energia. “Quando se aproveita a matriz energética dos rios para gerar energia se esquece ou se descartam outros usos possíveis”, diz a militante, que cita como exemplo a represa Billings, localizada na própria região metropolitana de São Paulo.
Com uma área total de 1.560 quilômetros quadrados, apenas as áreas marginais da represa são consideradas adequadas para o abastecimento devido a sua função energética prioritária. Uma maior captação de água para o consumo comprometeria o potencial elétrico. A especialista afirma que a crise no Sistema Cantareira pode ser administrada e prevista, e lembra que o sistema tem um histórico de fortes secas, a mais recente em 2001. “Se não é uma novidade para ninguém (a seca), por que não se investe em medidas que possam compensar ou minimizar esses eventos extremos para que não haja situações de crise?”, questiona.
http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/03/sao-paulo-vive-pior-crise-hidrica-da-historia-no-dia-mundial-da-agua-7672.html

20/03/2014 09h09 - Atualizado em 20/03/2014 09h36
Captação de água abre disputa entre governos do Rio e São Paulo
São Paulo propõe a construção de represas no Rio Paraíba do Sul. Secretaria do Ambiente diz que projeto pode agravar situação no RJ.

A captação da água do Rio Paraíba do do sul pra abastecer são paulo abre uma disputa entre São Paulo e o Rio, mostrou o Bom Dia Brasil desta quinta-feira (20). O governo paulista apresentou uma proposta pra usar o rio - que passa por três estados - em épocas de seca no Sistema Cantareira.
O problema, conforme mostrou o jornal, é que o Paraíba do Sul já atende a maior parte dos cariocas e a divisão poderia comprometer o abastecimento para 11 milhões de famílias.
A Agência Nacional de Águas (ANA) ainda não se pronunciou sobre o assunto. Enquanto isso, o Sistema Cantareira, que abastece oito milhões de pessoas na Grande São Paulo vai perdendo água. O sistema está com menos de 15 % da capacidade.
O governo do Rio diz que está fazendo estudos porque teme problemas de abastecimento. O Rio Paraíba do Sul nasce no estado de São Paulo e se estende por Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ele abastece 15 milhões de pessoas, sendo 11 milhões no Rio, inclusive na capital.
O projeto do governo de São Paulo é interligar a Represa de Jaguari, abastecida pelo Paraíba do Sul, com a Represa de Atibainha, que faz parte do Sistema Cantareira, a principal fonte de abastecimento da Grande São Paulo. A ligação seria feita num trecho de quase 15 quilômetros, com estação de bombeamento e um túnel num trecho de serra.
Segundo  governador de São Paulo Geraldo Alckmin, quando o Sistema Cantareira estiver com menos de 35% da capacidade, a água será bombeada para lá. E quando o problema for na represa do Rio Paraíba do Sul é ela que poderá receber água do Cantareira.
"Falei hoje com o governador de Minas, o Antônio Anastasia, que é o grande contribuinte para a bacia porque ele mais colobora do que tira, falei com o governador Sérgio Cabral, que entendeu. Nós vamos aumentar a reservação do Paraíba, nós poderemos fazer inclusive novos reservatórios", disse Alckmin.
Segundo o governo de São Paulo, a obra poderia ser iniciada daqui a quatro meses e levaria outros 14 meses para ficar pronta. A estimativa é de que sejam gastos R$ 500 milhões.
Por meio de nota, a Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro, informou que estudos ainda em elaboração, apontam que a disponibilidade hídrica atual já apresenta problemas no período de estiagem. E mesmo que São Paulo construa reservatórios, a proposta de captação de água pode agravar essa situação.
No meio do caminho entre São Paulo e Rio, o Comitê da Bacia do Vale do Paraíba diz que vai estudar a questão.
"É lógico que se houver uma retirada muito grande de água do Rio Paraíba poderá haver desabastecimento. Então, é isso que é discutido", destacou Francisco Carlos, do Comitê.
Já a ambientalista Malu Ribeiro, coordenadora da ONG S.O.S. Mata Atlântica, recomenda cautela.
"Sem ver os estudos, sem uma avaliação ambiental estratégica, sem o estudo de impacto ambiental, não dá para dizer se ele é viável ou inviável", disse a ambientalista.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, confirmou que recebeu um telefonema de governador Alckmin e disse que o pedido do governador paulista existe uma análise técnica. Para o jornal O Globo, a Cedae, companhia de água e esgoto do Rio, disse que a captação de água na Represa Jaguari pode afetar o Rio Jaguari, o que provocaria reflexos no abastecimento de cidades do Rio de Janeiro e comprometeria a irrigação das lavouras. A companhia alertou ainda que a medida pode aumentar a chamada língua salina, quando a água do mar invade o curso do rio e destrói as margens.
Estudiosos são unânimes em dizer que a Região Metropolitana de São Paulo, que fica num planalto é muito seca e que os poucos rios que há na região, como o Tietê, estão completamente poluídos.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/03/captacao-de-agua-abre-disputa-entre-governos-do-rio-e-sao-paulo.html


Águas e fronteiras na Palestina

Uma lista de conhecidos obstáculos entravam a solução da chamada Questão Palestina: a definição das fronteiras entre Israel e um futuro Estado palestino, o estatuto político da cidade de Jerusalém, o espinhoso tema dos refugiados palestinos e o destino dos assentamentos de colonos judeus na Cisjordânia. Todavia, negligencia-se a importância das divergências sobre o controle de um recurso natural escasso, que são as águas superficiais e subterrâneas de Israel/Palestina.

A Palestina é a região histórico-geográfica que engloba o Estado de Israel e os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. No conjunto da região, ao longo das últimas décadas, a escassez natural do chamado “ouro azul” tornou-se mais dramática com o crescimento acelerado da população e o consequente incremento da pressão sobre os recursos hídricos.

Praticamente toda a porção meridional da Palestina apresenta climas áridos e semiáridos, e os principais recursos hídricos superficiais são representados pela bacia do Rio Jordão, curso fluvial que tem suas nascentes em território sírio, nas estratégicas Colinas de Golã, área onde convergem as fronteiras de Israel, Síria e Líbano.

Com apenas 251 quilômetros de extensão e uma largura máxima de 30 metros, o Jordão tem sentido geral norte-sul e serve como suporte para um importante trecho da fronteira entre Israel e Jordânia. A bacia do Jordão cobre cerca de um terço da superfície da Cisjordânia. Em seu médio e baixo vale, o rio flui sobre terrenos cujas cotas altimétricas estão abaixo do nível geral dos mares, como é o caso de sua foz no Mar Morto, a maior depressão absoluta do mundo (veja o mapa 1).

Essa peculiaridade do Jordão se explica pelo fato de ele fazer parte do segmento setentrional do grande Vale do Rift. Formado cerca de 35 milhões de anos atrás, como decorrência da separação das placas Africana e Arábica, o Rift é um complexo de falhas tectônicas que se estende por mais de 5 mil quilômetros entre a Ásia Ocidental e a África Oriental.

O Jordão é um rio de pequeno débito fluvial. As maiores precipitações ocorrem no alto vale, mas não chegam a mil milímetros anuais. Ao longo de seu trajeto, dois locais chamam a atenção: o Mar da Galileia, ou Lago Tiberíades, e o Mar Morto. Atravessado e alimentado pelas águas do Jordão, o Mar da Galileia e suas circunvizinhanças foram, na Antiguidade, cenários bíblicos ligados à vida de Jesus.

De um ponto de vista geopolítico, o Mar da Galileia têm importância vital para Israel, pois de lá é retirada a água que, através do Aqueduto Nacional, abastece grande parte do país. A contínua e volumosa retirada de água, que se verifica desde a década de 1950, tem contribuído para a diminuição do caudal do Jordão a jusante, afetando áreas da Jordânia, da Cisjordânia e do Mar Morto. 

Este mar fechado se destaca por sua grande salinidade, cerca de dez vezes maior que a encontrada nos oceanos. Fruto de uma conturbada história geológica, o mar é abastecido essencialmente pelas águas do Rio Jordão. Até a década de 1950, o fluxo de água que alimentava o Mar Morto se equiparava à taxa de evaporação, mantendo estável o nível das águas. O uso crescente dos recursos hídricos da bacia por Israel – e, em escala bem menor, pela Jordânia e Síria – reduziram drasticamente o fluxo de água do rio que chegava ao Mar Morto.

Juntando-se a isso a poluição e os efeitos de atividades industriais (extração de sal e fosfatos) e turísticas, o mar perdeu cerca de 30% de sua superfície original. Em 1960, o nível da superfície do mar encontrava-se 395 metros abaixo do nível dos mares; hoje, está a 425 metros, e experimentando rebaixamento de um metro por ano. 

Em 2005, Israel, Jordânia e a Autoridade Nacional Palestina formalizaram um acordo de construção de um duto para transferir água do Mar Vermelho, a fim de evitar o total ressecamento do Mar Morto. O projeto, até agora, não evoluiu. Ambientalistas alertam que ele alteraria a química peculiar do mar e sugerem que o ideal seria recuperar as águas do Jordão.

O volume de água renovável da bacia é de aproximadamente 2,4 bilhões de metros cúbicos; sua utilização crescente já atinge a marca de 3 bilhões. Para suprir esse déficit, a saída tem sido retirar água de lençóis freáticos, que não têm capacidade de reposição na mesma velocidade da retirada. As formas de obtenção de água por meios industriais, como a reciclagem e a dessalinização, são caras e insuficientes.

A exploração dos recursos hídricos regionais representa mais um fator nas complexas disputas sobre algumas áreas da bacia, como as Colinas de Golã e a Cisjordânia, territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias (veja o box). No imaginário israelense, a água tem uma dimensão “filosófica”, ligada à ideia do deserto que floresce e que remonta aos primeiros imigrantes na Palestina, no final do século XIX. Israel enxerga as águas do Jordão sob o prisma da segurança nacional e isso representa um enorme obstáculo para a eventual devolução das Colinas de Golã à Síria e da Cisjordânia aos palestinos.

O tesouro subterrâneo da Cisjordânia

As montanhas da Cisjordânia não são muito altas, mas por sua disposição no sentido geral norte-sul, dividem a região em duas áreas pluviométricas. A parte oeste é mais úmida, e a porção oriental, mais seca. São três os principais aquíferos da região: o ocidental, o do norte e o oriental (veja o mapa 2). 

No aquífero ocidental, as águas escoam em direção oeste e são alimentadas por chuvas. Essa região concentra cerca de 90% do volume pluviométrico da Cisjordânia. O aquífero tem uma série de poços que estão do outro lado da linha verde, isto é, da fronteira israelense definida pela ONU após a guerra de 1948-49. Israel tem o controle sobre 80% desses recursos.

Na área do aquífero do norte, existem também poços localizados do outro lado da linha verde, o que permite a Israel captar cerca de 70% do suprimento de água. O aquífero oriental é o de menor volume de água e não participa do abastecimento de água de Israel, mas tem servido para suprir os assentamentos de colonos israelenses que, desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, vêm se expandindo nessa porção da região. Em linhas gerais, Israel tem sob seu controle cerca de 80% dos recursos hídricos da Cisjordânia.

A construção por Israel do muro de segurança na Cisjordânia, a partir de 2002, assestou um golpe complementar na soberania hidráulica dos palestinos. O traçado do muro separou territórios sob administração da Autoridade Nacional Palestina de poços que eram, há muito, utilizados pela população palestina. Hoje, essa população depende da boa vontade das autoridades israelenses para o uso dos antigos poços.


Fonte: Revista Pangea