terça-feira, 25 de junho de 2013

De trilha em trilha, um novo começo


por Cleverson de Sá
Sempre gostei de apreciar belas paisagens, em especial, de Minas Gerais. De fato, apurei este deleite na saudosa e incrível época da Geografia. Foram dezenas de trabalhos de campos e inúmeros passeios com amigos, onde pude deslumbrar paisagens cênicas por aí afora. De lá pra cá, muita coisa aconteceu! A responsabilidade aumentou, família constituí, compromissos cumpri... e no viés da vida, nos meandros do destino, nas escolhas propostas e assumidas, fui me distanciando de alguns prazeres tão fáceis e simples de realizar. 

Há algum tempo, numa noite chuvosa de natal, desejei num brinde com latas de Skol, anos melhores. Brinde abençoado! 2005 foi meu ingresso na carreira docente (e de lá pra cá, muitas realizações),  mas essencialmente o ano de 2010 foi um marco: a gravidez de Dani e o nascimento do meu príncipe. Este momento (só quem é pai saberá entender) foi esplêndido e um 'divisor de água'. Promessas, mesmo antes do Hic chegar, foram feitas. A principal delas foi largar o danado do cigarro. Promessa feita... mas não cumprida (imediatamente)! Foi, me desculpem o palavreado, foda! O vício é algo muito forte. Mesmo motivado, por muitos amigos e pelo meu filhote, não consegui! Porém, a cobrança pessoal era forte! "Eu sou mais!" A briga com o danado do cigarro associado a cervejinha ainda persistia não seria fácil e precisaria de mais um motivador! Qual seria então??? E ele veio: o desaparecimento do 'bi-bico' do Henrique. O rapazinho só gostava de um bico horroroso de velho, que não conseguimos substituir por nenhum outro (inclusive o da mesma marca). Foi a minha "deixa". Compartilhando a aflição do meu guri, resolvi (de verdade e para sempre) para de fumar!

Bom... vocês (poucos, mas ilustríssimos leitores) devem estar perguntando o porquê deste texto, que começou falando da minha apreciação por paisagens, relatar sobre meu ex-vício? Por que, na realidade, além da minha vontade pessoal, do 'bi-bico' do Hic (nunca mais encontrado), o ciclismo foi extremamente importante para a minha atual vida (quase) saudável. Deixa eu explicar: entre a data da minha primeira derrota com o vício (out/2010) e a perda do 'bi-bico' (fev/2012) comprei uma Speed Caloi usada, em 2011 e comecei, modestamente, a pedalar. Depois de 'rolés' de 30 km, chegava em casa cheio de hormônios do prazer pelo esporte (os nomes destes hormônios eu não sei não), mas ainda tinha a necessidade de fumar e acabava dando deliciosos tragos. Porém, dia-a-dia, a frequência nas pedaladas iam aumentando e (um amigo biólogo ainda duvida) meu organismo exigia cada vez menos nicotina. Em abril de 2012, comprei minha  MTB orientado tecnicamente (ou não) pelo meu amigo/aluno Vini e... belas paisagens voltei a apreciar!!! Nas trilhas com 'sobe-e-desces' do Médio Piracicaba, meu olhar de geógrafo e amante da natureza voltou a ser instigado. Volto a ter prazer em coisas simples como andar mato a dentro para fotografar, em fazer novos amigos, em parar para prosear com gente simples... volto a viver respirando ar puro, sem frescuras e sem dinheiro! E que venha mais aventuras!!! E que venha o Pico da Bandeira!!















Um comentário:

  1. Meu camarada, seja de MTB ou no Trekking, andar pelo mato é uma bela terapia. Fugimos desde dia a dia estressante.

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